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Primeira tese de doutorado na Pós em Biodiversidade e Saúde é defendida

Estudo sobre a taxonomia de tribo que inclui vetores da doença de Chagas foi tema da primeira defesa de doutorado do programa no dia 22 de maio

Após três anos desde sua criação, o Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biodiversidade e Saúde teve sua primeira tese de doutorado defendida no dia 22 de maio. Desenvolvida por Hélcio Gil Santana, sob a orientação do coordenador do Programa e pesquisador do Laboratório Nacional e Internacional de Referência e Taxonomia de Triatomíneos, Cléber Galvão, a tese “Estudo taxonômico da tribo Bolboderini (Hemiptera-Heteroptera, Reduviidae, Triatominae) com análise cladística” investigou a taxonomia de uma das cinco tribos de Triatominae - subfamília de percevejos que inclui os vetores da doença de Chagas.

 Gutemberg Brito

 

Hélcio Gil Santana defendeu a primeira tese de doutorado do Programa um ano antes do previsto

Coordenador do programa, Cléber Galvão comentou a relevância do trabalho desenvolvido por seu orientando: “Fico muito satisfeito como coordenador e também orientador, pois se trata de uma tese pioneira, realizada com uma abordagem que não havia sido feita até hoje”, disse o pesquisador.
 
Para o desenvolvimento do estudo, foi realizada uma revisão da taxonomia das espécies e gêneros da tribo Bolboderini, seguida pela análise filogenética das mesmas, que se baseia nas relações de ancestralidade comum entre os grupos. A análise filogenética confirmou a taxonomia anteriormente proposta para a tribo por pesquisadores do IOC, desde o século XX. No futuro, o trabalho poderá ser útil para estudos envolvendo outras tribos de transmissores da doença de Chagas.

Trajetória no IOC

Aluno da primeira turma do curso e defendendo a tese com um ano de antecedência, Hélcio resumiu sua experiência durante esse período: “Foi uma oportunidade excelente que tive de estudar num Programa bem estruturado em termos de disciplinas e professores. Tudo que aprendi acrescentou conhecimento não só na parte científica específica da biodiversidade, mas também contexto mais amplo”, afirmou o doutorando. Ele disse ainda que já vislumbra os próximos passos na carreira: “Pretendo seguir nessa linha de pesquisa e me aprofundar em estudos sobre filogenética não só em barbeiros, mas também em mosquitos. Além disso, a oportunidade de cursar o doutorado no IOC me estimulou a desenvolver esse estudo e a alcançar novos objetivos profissionais”, finalizou Hélcio.

Cléber ressaltou ainda a importância da criação do curso no Instituto, onde existia uma demanda significativa pelo tema. “Nosso Programa é direcionado a uma área que não era contemplada pelos demais cursos, com foco em taxonomia e ecologia dos organismos transmissores e hospedeiros de doenças”, disse.

Sobre o Programa

Criado no final de 2010, o Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde, o mais recente do Instituto, está credenciado, atualmente, com conceito 4 na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os cursos de mestrado e doutorado oferecidos pelo programa visam formar mestres e doutores capazes de atuar em pesquisa, docência e atividades técnicas em estudos sobre a Biodiversidade e sobre os problemas de Saúde humana decorrentes das alterações ambientais naturais ou devidas à ação antrópica. Suas principais áreas de concentração são ‘Saúde ambiental’ e ‘Taxonomia e sistemática’.

Acesse aqui a página oficial do Programa.


Paula Netto
23/05/2014
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